Manaus (AM) – A equipe técnica do Zoológico do Centro de Instrução de Guerra na Selva (Zoo CIGS) dedicou a última semana de janeiro aos cuidados especiais com a saúde da harpia amazônica, também conhecida como gavião-real (Harpia harpyja). A protagonista da iniciativa é uma fêmea com mais de 20 anos, que passou por uma inspeção periódica de saúde com diversas medidas para garantir o seu bem-estar.

Durante a inspeção, os profissionais do Zoológico coletaram amostras biológicas, realizaram avaliação biométrica, pesagem e uma análise detalhada dos parâmetros de saúde do animal. Os procedimentos refletem o compromisso do Zoo CIGS com a preservação e cuidado das espécies sob sua responsabilidade.

A harpia amazônica é encontrada em regiões que se estendem desde o sul do México até a Bolívia, passando pelo extremo norte da Argentina e por quase todo o Brasil. A ave habita principalmente as florestas densas da Amazônia e da Mata Atlântica. Os adultos dessa espécie podem atingir comprimentos de 70 a 90 cm, com envergadura superior a 2 metros e seu peso pode chegar a 9 kg para as fêmeas e 5 kg para os machos.

Considerada a ave de rapina mais forte do mundo, a harpia se destaca por suas pernas grossas, dedos fortes, garras grandes e bico cinza escuro, em formato de gancho. Na natureza, sua dieta variada inclui desde preguiças e porcos-espinho até cachorros-do-mato, primatas e filhotes de cervos.

O Exército Brasileiro exerce um papel fundamental para a preservação da harpia amazônica, atualmente classificada como espécie vulnerável. O Centro de Instrução de Guerra na Selva abriga um dos poucos zoológicos do Brasil capaz de cuidar dessa espécie em cativeiro. Por meio do Zoológico do CIGS e de outras organizações militares, o Exército colabora para a manutenção da biodiversidade e para a promoção da educação ambiental em todo o território nacional.

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