Você sabe como o Brasil se prepara para Missões de Paz?

Atuação na ONU

Publicado em 10/01/2024 09h13 | Atualizada em 11/01/2024 08h28
Tropas do Exército em Missão de Paz do Haiti (2004–2017)

Tropas do Exército em Missão de Paz do Haiti (2004–2017)

O Brasil tem ocupado cada vez mais destaque no cenário de operações de paz das Nações Unidas. Em 2023, cerca de 90 brasileiros, dentre membros das Forças Armadas e das Policiais Militares estaduais, contribuíram para a promoção e manutenção da paz em regiões de conflito.

O Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil, no Rio de Janeiro, é responsável pela capacitação e treinamento dos brasileiros que atuam nas missões da ONU. Assista à reportagem especial sobre o preparo para as missões de paz. 

Já nos primórdios da criação da ONU, em 1947, o Brasil participou com diplomatas e observadores militares na Comissão Especial das Nações Unidas para os Bálcãs (UNSCOB), na porção meridional da Europa, criada para monitoramento fronteiriço em face das tentativas de intervenção da Albânia, Bulgária e Iugoslávia na guerra civil grega.

O primeiro envio de tropas a um país estrangeiro iniciou-se em 1956, com a participação na Força de Emergência das Nações Unidas (UNEF), criada para evitar conflitos entre egípcios e israelenses e pôr fim à Crise de Suez.

Ao longo de sua história, em missões sob a égide de organismos Internacionais, o Brasil assumiu tarefas de coordenação e comando militar de importantes operações, como no Haiti (MINUSTAH/2004) e no Líbano (UNIFIL/2011), o que trouxe prestígio à política externa do País, aumentando a projeção brasileira no cenário mundial. Enquanto a primeira trouxe a relevo nossa participação fundamental para a consecução da estabilidade política daquele país (Haiti), a segunda se destacou por possuir o Brasil, naquele momento, a liderança da única força naval atuando pela ONU no mundo.

Ao todo, o Brasil já participou de 50 missões sob a égide das Nações Unidas, entre as de manutenção de paz e as políticas especiais, tendo contribuído com aproximadamente 60 mil militares e policiais militares para a paz mundial. 

A participação do Brasil em Operações de Manutenção de Paz remonta a datas anteriores à criação da Organização das Nações Unidas (ONU). Mesmo não fazendo parte da Liga das Nações desde 1926, o Brasil teve papel fundamental, na década de 1930, na mediação no “Conflito de Letícia”, entre Colômbia e Peru.

Mulheres das Forças Armadas em Missões de Paz

Em 2000, o Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) adotou a sua primeira resolução sobre o que se convencionou chamar “Agenda sobre Mulheres, Paz e Segurança” (Agenda MPS), que visa a fomentar a participação feminina em Missões de Paz da ONU. O Brasil vem ampliando o efetivo de mulheres nas mais diversas funções, buscado cumprir os percentuais de gênero definidos pela ONU e sendo alvo de reconhecimento em razão do desempenho alcançado.

Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil

O Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB) é uma Unidade Militar localizada na Vila Militar, na cidade do Rio de Janeiro, subordinada ao Departamento de Educação e Cultura do Exército e vinculada ao Ministério da Defesa.

Sua origem remonta ao ano de 2005 quando, alinhado com a crescente mobilização internacional no sentido de criar estruturas que possibilitassem a prática e a disseminação dos procedimentos e normas vigentes nas missões de paz, o Exército Brasileiro criou o Centro de Instrução de Operações de Paz (CIOpPaz).

Em 15 de junho de 2010, o Ministério da Defesa designou o CIOpPaz para a preparação de militares e civis brasileiros e de nações amigas a serem enviados em missões de paz, alterando a sua denominação, para Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB).

Fonte: Centro de Comunicação Social do Exército

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