Rio de Janeiro (RJ) - o Instituto Militar de Engenharia (IME) conquistou um marco histórico: obteve autorização da CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – para estabelecer o programa de Doutorado em Engenharia Nuclear. A conquista do Programa de Pós-graduação em Engenharia Nuclear do IME (PPGEN) ocorre após o IME melhorar seus indicadores oficiais de desempenho.

Alinhamento aos objetivos estratégicos do Exército
O Plano Estratégico do Exército para o período de 20214 a 2027 estabeleceu como um dos objetivos do Exército obter prontidão tecnológica. Para isso, foi implantado o “Programa IME 1000”. 

Um dos principais objetivos do Programa IME 1000 é fortalecer a pós-graduação do IME e aperfeiçoar a pesquisa científica em temas de interesse da Soberania e Defesa Nacional. Um de seus pilares é contribuir diretamente com os processos de inovação de interesse do Exército. O IME passou, então, a realizar projetos de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) voltados para isso. O maior alinhamento das linhas de pesquisa aos objetivos estratégicos do Exército Brasileiro e o consequente aumento significativo de fomento para a realização de pesquisa científica são fatores que contribuíram para o resultado inédito do Programa de Pós-graduação em Engenharia Nuclear do IME.

Avanços do Programa de Pós-graduação em Engenharia Nuclear do IME (PPGEN)
A infraestrutura laboratorial do PPGEN foi ampliada e modernizada; o programa passou a atrair docentes de outras instituições de ensino superior, que foram transferidos para o Instituto; o número de estudantes no PPGEN cresceu significativamente; houve aumento na produção de artigos científicos e na organização workshops e seminários, congregando especialistas nacionais e internacionais.

Nos últimos anos, a Seção de Engenharia Nuclear (SE/7) aprovou projetos de P&D de grande relevância. O maior deles é o “Desenvolvimento e inovação de sensores, biossensores, detectores nacionais e produtos estratégicos relacionados a agentes químicos, biológicos, radiológicos e nucleares (QBRN) de uso dual visando ao aumento da capacidade operacional e de defesa do Exército Brasileiro”. Outro projeto de grande envergadura é o “QUANTUM – Centro de Desenvolvimento de Tecnologias Quânticas do Exército Brasileiro”, no qual o IME lidera um esforço nacional pelo domínio desses recursos para a Defesa.

Além do avanço acadêmico, o Instituto intensificou sua atuação na Assessoria Científica do Sistema de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (QBRN) do Exército, passando a contribuir diretamente para o aprimoramento das capacidades de defesa e segurança nacional.

Nesse sentido, foi essencial o apoio do Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), do Estado Maior do Exército (EME), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP).

Mais de seis décadas
Há mais de seis décadas, o PPGEN é a base para o avanço das pesquisas que fundamentam a formação em Engenharia Nuclear no Brasil. Em sua história, o programa foi responsável pela elaboração de centenas de dissertações e importantes publicações científicas e técnicas. Além disso, capacitou profissionais que seguem atuando em distintas instituições públicas e privadas.

As recentes vitórias reforçam a jornada do Instituto Militar de Engenharia no rumo da inovação tecnológica e da defesa do País. Com essas novas conquistas, o IME solidifica  o progresso brasileiro na área nuclear e se insere no panorama científico e tecnológico global. O Programa IME 100 tem como referencial teórico o modelo de Escola Empreendedora e Escola Corporativa.

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