Exércitos do Brasil e da Argentina permutam cães e equinos em acordo bilateral - Notícias
Exércitos do Brasil e da Argentina permutam cães e equinos em acordo bilateral
Diplomacia militar
2ª Bda Cav Mec
Uruguaiana (RS) – O Exército Brasileiro e o Exército Argentino concluíram, em 17 de outubro, a permuta de animais e de materiais genéticos de alto valor, como parte de um acordo diplomático assinado na XV Conferência Bilateral de Estado-Maior Argentina e Brasil, de 2022.
O Exército Argentino havia solicitado a doação de um equino reprodutor, material genético para reprodução, além de três cães para o melhoramento do seu plantel. Como contrapartida, o Exército Brasileiro recebeu cinco éguas da raça Polo Argentino e material genético de garanhões da mesma raça.
A permuta aconteceu na Ponte Internacional que liga o Brasil à Argentina, na cidade de Uruguaiana, em uma cerimônia que reuniu autoridades civis e militares dos dois países. Além dos dois exércitos, a permuta envolveu profissionais da Receita Federal, do Ministério da Agricultura e Pecuária, do Consulado Brasileiro e de entidades similares do lado argentino.
A relação com os animais integra as fundações do Exército Brasileiro. Muito mais do que simples amigos, esses animais são companheiros em missões militares. Além de atuar na preservação da fauna, o Exército também incorpora diversos animais em sua simbologia, como a onça, o jacaré, o carcará. E há também os animais que são parte integrante da Força Terrestre. Saiba mais.
Força equestre
Base dos primórdios da Arma de Cavalaria, os cavalos integram o Exército até hoje para uma série de missões. Desde atividades operacionais a cerimoniais militares – passando por atividades esportivas – os equinos estão no centro da rotina de várias unidades de Cavalaria da Força. Uma das principais obrigações dos Regimentos de Cavalaria da Força, por exemplo, é manter os cavalos em excelente nível de apresentação física e sanitária. Para manter a excelência do cuidado, o Exército detém toda a estrutura necessária para acomodar os equinos e também possui veterinários militares, profissionais voltados exclusivamente para o acompanhamento diário da saúde dos animais. Os cavalos empregados pelo Exército são criados na Coudelaria do Rincão, uma área localizada em São Borja (RS) voltada para o adestramento dos equinos desde que são pequenos potros.
Além disso, cavalos também são utilizados na Equoterapia, destinada ao tratamento para reabilitação, reeducação especial e inserção social. Atualmente, a Força possui mais de 20 centros em funcionamento nas instalações de diversas organizações militares e em Círculos Militares pelo país. Além disso, o Exército emprega muares (mulas e burros) em unidades que contam com tropas especializadas em ambientes de montanha. Resistentes e utilizados em várias outras forças armadas pelo mundo, esses animais são empregados em movimentos logísticos e no transporte de sistemas de armas, munição e materiais de comunicações.
Cães de Guerra
Tão utilizados em atividades militares quanto os cavalos são os cães. Considerados combatentes como quaisquer militares da Força, eles são chamados de Cães de Guerra e integram desde missões de patrulha e fiscalização a saltos com a tropa paraquedista. Os cães chegam aos canis do Exército ainda filhotes, com menos de um ano, e podem permanecer até oito anos empregados em operações militares. Finalizado o seu período na Força, o cão, quando necessário, pode permanecer na Instituição até o fim de sua vida com todo apoio alimentar e veterinário, e também pode ser adotado pela sociedade ou até mesmo pelo seu próprio adestrador. A adoção dos cães é prevista nas Normas para o Controle de Caninos no Exército Brasileiro.
Para o melhor desempenho das funções, os animais são adestrados pelos chamados cinófilos, militares capacitados para a condução do animal. Todos os anos, o Exército realiza estágios voltados tanto para militares voluntários quanto para adestradores, que passam cinco semanas aprendendo desde os comandos básicos aos mais avançados. Atualmente, o Exército possui dois centros de reprodução e distribuição de caninos: um em Osasco (SP) e outro em Brasília (DF). Para as atividades militares, a Força tem trabalhado com cães de raças diversas como Rotweiller, Labrador, Dobermann, Pastor Alemão e Pastor Belga Malinois.
Conheça também o trabalho dos veterinários do Exército.
Fonte: Centro de Comunicação Social do Exército e 2ª Brigada de Cavalaria Mecanizada