Exército registra patente inédita em Química Medicinal

Ciência, tecnologia e inovação

Publicado em 01/10/2025 09h15 | Atualizada em 01/10/2025 13h13

Departamento de Ciência e Tecnologia

• O Exército Brasileiro (EB), com apoio da AGITEC, obteve patente do INPI para o pedido "Derivados da Indolin-2-ona". O CTEx, IME e UFRJ depositaram o pedido. 

• Os compostos patenteados possuem potencial para serem empregados como antídotos ou protetores (profiláticos) em situações de intoxicação por agentes químicos neurotóxicos. 

• A concessão é um marco inédito para o EB, sendo seu primeiro ativo em Química Medicinal e um dos primeiros registros de antídotos neurotóxicos nas Forças Armadas.

Rio de Janeiro (RJ) – O Portfólio de Propriedade Intelectual do Exército Brasileiro (EB) foi mais uma vez ampliado com o apoio da Agência de Gestão e Inovação Tecnológica (AGITEC). A conquista se deu a partir da atuação junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), que concedeu patente relacionada a compostos com potencial aplicação em Defesa Química.
 


O pedido, intitulado “Derivados da Indolin-2-ona e seus intermediários, produtos, método de obtenção e usos” (BR 10 2018 075004 6), foi depositado pelo Centro Tecnológico do Exército (CTEx), pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O trabalho contempla o desenvolvimento de compostos que poderão ser empregados como antídotos e/ou profiláticos (protetores) em casos de intoxicação por agentes químicos neurotóxicos.

A iniciativa é resultado da união de esforços de oficiais, professores e pesquisadores do Instituto de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear, do CTEx, da Seção de Engenharia Química do IME e do Instituto de Pesquisas de Produtos Naturais Walter Mors da UFRJ, com a assessoria técnica da AGITEC.

A concessão representa um marco para o Exército Brasileiro, sendo:

• o primeiro ativo de propriedade intelectual do EB na área de Química Medicinal;
• um dos primeiros registros de antídotos contra neurotóxicos nas Forças Armadas;
• a primeira patente do EB em Química Orgânica gerida exclusivamente por organizações militares do Exército, com processo finalizado pela AGITEC.
 


Além de fortalecer as capacidades científico-tecnológicas da Força, esse avanço abre caminho para o desenvolvimento de novos Produtos de Defesa (PRODE). A conquista também simboliza o acúmulo de mais de duas décadas de pesquisas em Defesa QBRN (Química, Biológica, Radiológica e Nuclear) no âmbito do Exército Brasileiro.

Esse resultado está em consonância com os princípios constitucionais de respeito aos acordos internacionais e com o compromisso nacional na manutenção da paz mundial. As organizações militares do Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação do Exército (SCTIEx) seguem, assim, engajadas na defesa da Pátria e da humanidade contra ameaças de armas de destruição em massa.

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Fonte: Departamento de Ciência e Tecnologia

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