Exército celebra o Dia do Veterinário - Notícias
Exército celebra o Dia do Veterinário
9 de setembro
CCOMSEx
Brasília (DF) – A força da relação entre militares e animais também integra as fundações do Exército Brasileiro. Na Instituição, alguns bichos são mais do que amigos dos seres humanos: são integrantes da Força Terrestre e elementos fundamentais para a defesa do Brasil. Outros animais são foco de uma outra grande missão do Exército: a preservação ambiental. Junto a esses animais no Exército Brasileiro, estão os médicos-veterinários, que fazem parte da Força Terrestre como oficiais de carreira ou temporários.
O dia 9 de setembro é dedicado a esses profissionais. Para reconhecer o papel e a competência dos veterinários militares, que além de zelar pela saúde e bem-estar dos animais, também desempenham um papel na manutenção da biossegurança, no controle de zoonoses e na garantia da qualidade dos alimentos e da água consumidos pelas tropas, destacamos o coronel veterinário Mílton Thiago de Mello.
Nascido em 5 de fevereiro de 1916. Graduado em 1937 pela Escola de Veterinária do Exército, ele teve uma carreira militar exemplar, alcançando o posto de coronel em 1969. Doutor em microbiologia pela Escola Nacional de Veterinária desde 1946, o coronel Mílton foi professor em diversas instituições renomadas, incluindo as universidades Federal Fluminense, de Brasília, Autônoma de Santo Domingo, de San Salvador, Universidade da Califórnia, Instituto Oswaldo Cruz e Colégio Militar. Pioneiro na produção de penicilina e no estudo de primatologia no Brasil, sua contribuição para a ciência e para o Exército Brasileiro é imensurável e serve de inspiração para as futuras gerações de veterinários militares.
A proximidade da Força com a fauna brasileira também está representada em símbolos: várias tropas operacionais da Força têm, como ícones, animais emblemáticos da fauna brasileira, como a onça, o jacaré, a águia e o carcará.
Força equestre
Base dos primórdios da Arma de Cavalaria, os cavalos integram o Exército até hoje para uma série de missões. Desde atividades operacionais a cerimoniais militares – passando por atividades esportivas – os equinos estão no centro da rotina de várias unidades de Cavalaria da Força. Uma das principais obrigações dos Regimentos de Cavalaria da Força, por exemplo, é manter os cavalos em excelente nível de apresentação física e sanitária. Para manter a excelência do cuidado, o Exército detém toda a estrutura necessária para acomodar os equinos e também possui veterinários militares, profissionais voltados exclusivamente para o acompanhamento diário da saúde dos animais. Os cavalos empregados pelo Exército são criados na Coudelaria do Rincão, uma área localizada em São Borja (RS) voltada para o adestramento dos equinos desde que são pequenos potros.
A presença dos cavalos na vida militar também se dá pela Equoterapia, atividade usufruída pela família militar e que é usada como tratamento para reabilitação, reeducação especial e inserção social. Atualmente, a Força possui mais de 20 centros em funcionamento nas instalações de diversas Organizações Militares e em Círculos Militares pelo país. O Exército também se utiliza de muares (mulas e burros) em unidades que contam com tropas especializadas em ambientes de montanha. Resistentes e utilizados em várias outras forças armadas pelo mundo, esses animais são empregados em movimentos logísticos e no transporte de sistemas de armas, munição e materiais de comunicações.
Tão utilizados em atividades militares quanto os cavalos são os cães. Considerados combatentes como quaisquer militares da Força, eles são chamados de 'Cães de Guerra' e integram desde missões de patrulha e fiscalização a saltos com a tropa paraquedista. Os cães chegam aos canis do Exército ainda filhotes, com menos de um ano, e podem permanecer até oito anos empregados em operações militares. Finalizado o seu período na Força, o cão, quando necessário, pode permanecer na Instituição até o fim de sua vida com todo apoio alimentar e veterinário, e também pode ser adotado pela sociedade ou até mesmo pelo seu próprio adestrador. A adoção dos cães é prevista nas Normas para o Controle de Caninos no Exército Brasileiro (NORCCAN).
Para o melhor desempenho das funções, os animais são adestrados pelos chamados cinófilos, que são militares capacitados para desempenhar a condução do animal. Todos os anos, o Exército realiza estágios voltados tanto para militares voluntários quanto para adestradores, que passam cinco semanas aprendendo desde os comandos básicos aos mais avançados. Atualmente, o Exército possui dois centros de reprodução e distribuição de caninos para todas Organizações Militares da Força: um em Osasco (SP) e outro em Brasília (DF). Para as atividades militares, a Força tem trabalhado com cães de raças diversas como Rotweiller, Labrador, Dobermann, Pastor Alemão e Pastor Belga Malinois.
Proteção
A relação do Exército com os animais também inclui a preservação de espécies ameaçadas e a recuperação de espécies maltratadas. O Zoológico do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS), localizado em Manaus, é um dos maiores exemplos da atuação da Força a favor da preservação ambiental. O local possui mais de 1000 animais da fauna amazônica, incluindo peixes, aves, primatas e onças-pintadas. O Zoo do CIGS teve sua origem em 1967 a partir da necessidade de apresentar elementos da fauna aos alunos do Curso de Operações na Selva, e foi aberto ao público em 1969. A chefe da Divisão de Veterinária do CIGS, Tenente-Coronel Simone Falcão, explica que atualmente a estrutura tem a função de acolhimento. “Recebemos animais através dos órgãos ambientais. São animais que tiveram suas mães abatidas ou que estão com algum problema que não os permita a sobrevivência ou a reintrodução na natureza”.
Proteger a fauna nativa também é missão do Parque Zoobotânico da Caatinga, uma área criada e administrada pelo Exército por meio do 72º Batalhão de Infantaria Motorizado, localizado em Petrolina (PE). Lá, uma vasta área preservada de caatinga mantém animais nativos do bioma, como onças-pardas, saguis, macacos-prego, seriemas, além de uma grande variedade de pássaros, répteis e mamíferos. Destaque pelos eventos e atividades inovadoras nas áreas de educação ambiental e reprodução de animais em cativeiro, o Parque Zoobotânico da Caatinga é um verdadeiro centro de conservação da natureza e uma área de estudos biológicos e botânicos, além de constituir-se em meio auxiliar da Instrução Militar.
Fonte: Centro de Comunicação Social do Exército