Rio de Janeiro (RJ) — Fontes de energia limpa são uma alternativa essencial para reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, principalmente diante do aumento da concentração desse gás no mundo inteiro. Com foco na otimização de recursos e na busca por soluções sustentáveis, o Exército Brasileiro realizou, nos dias 19 e 20 de agosto, o 1º Workshop de Mercado Livre de Energia. O evento, que ocorreu na Escola de Educação Física do Exército, demonstra a crescente preocupação da Força com a responsabilidade ambiental e a eficiência energética.

De Brasília, o Chefe do Departamento de Engenharia e Construção (DEC), General de Exército Anisio David de Oliveira Junior, realizou a abertura do evento, remotamente, ressaltando a importância estratégica da ação. A iniciativa, coordenada pelo 5º Grupamento de Engenharia sob a determinação do DEC, surge após o sucesso do Hospital Central do Exército na adesão ao Mercado Livre de Energia (MLE). Essa experiência, que resultou em significativa economia de recursos, motivou o Departamento de Obras Militares (DOM) e a Diretoria de Gestão Orçamentária (DGO) a disseminar o conhecimento por todas as esferas da Força.

A capacitação, que contou com a participação de militares de diversas áreas e regiões do Exército, demonstra o compromisso da instituição em qualificar seus quadros para a tomada de decisões estratégicas. O objetivo é a redução de custos e a diminuição do impacto ambiental das operações. Estima-se que a adesão ao Mercado Livre de Energia possa gerar uma economia de até 40% nas faturas de energia das organizações militares.

O compromisso com o meio ambiente está materializado em diferentes ações no âmbito do Exército, órgãos como o Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), a Diretoria de Patrimônio Imobiliário e Meio Ambiente (DPIMA), Regiões Militares, Escolas Militares (AMAN, IME, EsAO e EsIE), além de Bases Administrativas e unidades operacionais, demonstram a sinergia da Força na busca por um futuro mais sustentável, implementando ações em torno das causas ambientais e ecológicas. A iniciativa coloca o Exército Brasileiro na vanguarda das instituições que se preocupam com a preservação ambiental e com a utilização responsável dos recursos naturais.

No cenário atual, a energia elétrica é um insumo essencial para o pleno funcionamento de toda a estrutura institucional e para as ações relacionadas à defesa nacional. Desde 2021, na área do Comando Militar da Amazônia, o Exército Brasileiro trabalha com energia limpa gerada por células fotovoltaicas. Em Maturacá, no Amazonas, na região conhecida como Cabeça do Cachorro, o 5º Pelotão Especial de Fronteira (5º PEF) possui módulos de geração de energia solar que produzem energia elétrica para abastecer nove imóveis funcionais do Exército. O 6º Batalhão de Engenharia de Construção realizou os trabalhos de instalação da planta de energia fotovoltaica, com 198 kW de potência instalada e capacidade de 248,4 kWh, localizada em Auaris, em Roraima.

Diante do constante aumento do consumo e dos custos de energia elétrica, além da necessidade de uma gestão energética eficiente, o emprego de estratégias de racionalização torna-se essencial para o aperfeiçoamento contínuo do EB no que tange à aplicação dos recursos orçamentários disponíveis. Nesse sentido, a migração para o Mercado Livre de Energia proporciona vantagens significativas, voltadas à redução de custos da energia elétrica. Essa redução, aliada à alocação otimizada dos recursos financeiros, fortalece o poder de combate do Exército, permitindo o direcionamento desses recursos para outros encargos de interesse estratégico.