Comando Militar do Norte recebe Exercício Guardião Cibernético e será sede nas próximas edições

Ciência, Tecnologia e Inovação

Publicado em 25/09/2025 11h30 | Atualizada em 25/09/2025 14h33

Comando Militar do Norte

• A atividade foi um pedido ao Exército para antecipar problemas na COP 30, sendo um treinamento conjunto de Marinha, Exército e Aeronáutica com empresas regionais, como parte da Operação Marajoara.

• O Comando de Defesa Cibernética usa em Belém a mesma estrutura de segurança cibernética utilizada com sucesso no G20 e Brics, onde milhares de ataques foram evitados.

• O exercício em Belém divide-se em Simulação Construtiva e Viva, testando capacidades de resposta a incidentes cibernéticos em setores essenciais, como o da concessionária de energia Equatorial.

Belém (PA) – O Comando Militar do Norte (CMN) recebeu, pela primeira vez, o Exercício Guardião Cibernético, maior evento do hemisfério Sul em defesa cibernética. Em sua sétima edição, a atividade ocorreu simultaneamente em Brasília e em Belém, no período de 15 a 19 de setembro e teve a participação de quase 2 mil pessoas de 14 países. A novidade é que o CMN passará a ser sede do exercício. 


No ano de realização da COP 30, em que os olhos do mundo se voltam para a Amazônia, Belém se protege de eventuais ataques cibernéticos, por meio de ações e coordenações realizadas pelo Comando de Defesa Cibernética (ComDCiber). O objetivo é fortalecer a segurança e resiliência cibernética das infraestruturas críticas do país, como os setores de energia, comunicações, finanças e transportes.

“Essa é a primeira vez em Belém, e foi um pedido nosso ao Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército para que pudéssemos fazer um treinamento, antecipando-se a problemas que podem acontecer durante a COP 30. Esta é uma atividade conjunta de Marinha, Exército e Aeronáutica com empresas da região, em um grande treinamento dentro da Operação Marajoara”, afirmou o General de Exército Vendramin, Comandante Militar do Norte.

HUB Belém 

No Hub Belém, 49 pessoas de 20 instituições públicas e privadas participam de exercícios simulados. Estão sendo testadas e aprimoradas capacidades de respostas a incidentes cibernéticos em setores essenciais a sociedade, aumentando a maturidade e a resiliência em casos de ataques.
 

“Estamos trazendo para Belém o mesmo sistema de segurança cibernética que foi montado para o G20 e Brics, no Rio de Janeiro. Essa estrutura funcionou muito bem. Tivemos milhares de ataques no Brics. Foram 3 ataques por segundo durante o evento, mas nós conseguimos evitar que qualquer desses ataques tivessem sucesso. Estamos trabalhando duro e usando as experiências adquiridas nesse tipo de ação para que dificultemos a vida dos atacantes. Esse é nosso objetivo aqui em Belém para a COP 30”, afirmou o General de Divisão Corrêa Filho, Comandante de Defesa Cibernética. 

O exercício divide-se em dois eixos: a Simulação Construtiva, direcionada às empresas e instituições, em que são mostrados problemas reais e as melhores práticas, e a Simulação Viva, em que o setor de Tecnologia da Informação participa de simulações e jogos e coloca em prática os aprendizados.

A concessionária de energia elétrica Equatorial foi uma das participantes. “Estamos montando o plano de operação para a COP 30 e, com certeza, participar deste momento com o Exército, tendo essa troca de experiência, será importante. Aqui, temos uma amostra do que pode acontecer e saber quais passos dar caso essas situações ocorram”, disse Lucas Muribeca, da Equatorial.

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Fonte: Comando Militar do Norte

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