Rio de Janeiro (RJ) - No dia 11 de abril de 2025, o Comando Militar do Leste celebrou o Dia Nacional da Engenharia, na histórica Fazenda Imperial de Santa Cruz, que atualmente abriga a sede do 1º Batalhão de Engenharia de Combate (Escola), 1º BE Cmb (Es). 

O evento foi conduzido pelo Chefe do Departamento de Engenharia e Construção, General de Exército Anísio David de Oliveira Júnior, e pelo Comandante Militar do Leste, General de Exército Kleber Nunes de Vasconcellos. Estiveram presentes os antigos Comandantes do Exército, General de Exército Veterano Enzo Martins Peri e General de Exército Veterano Júlio Cesar de Arruda, entre outras autoridades civis e militares, incluindo o tetraneto do patrono da Arma de Engenharia, Villagran Cabrita.

A formatura contou com uma exposição de meios de engenharia, a aposição de uma coroa de flores em tributo ao legado de Villagran, bem como um desfile de veteranos e militares em continência às autoridades presentes. Em um ato simbólico, autoridades militares e alunos do Colégio Militar e do Projeto Rio Criança Cidadã, plantaram sementes de pau-brasil em homenagem à heroica participação de militares brasileiros em operações de Manutenção da Paz e Ajuda Humanitária no exterior, como em Angola, Haiti e México.

Concluindo o culto às tradições e valores do Exército Brasileiro, foi realizada uma solenidade em que foram homenageados veteranos que participaram das missões citadas acima, legado que foi eternizado pela inauguração de uma pintura de autoria do Subtenente Ailton.

Batalhão Villagran Cabrita

O 1º Batalhão de Engenharia de Combate (Escola), também chamado “Batalhão Villagran Cabrita”, foi criado em 23 de janeiro de 1855, devido à necessidade de apoiar o movimento do Exército em Campanha.

O Batalhão teve intensa participação na Guerra do Paraguai, entre 1865 e 1870, quando seu patrono, o Tenente-Coronel João Carlos de Villagran Cabrita, foi morto após uma vitória brilhante sobre o Paraguai na conquista da Ilha da Redenção.

A organização militar também teve participação destacada em vários outros episódios da história militar brasileira e mundial, como a Revolta da Armada (1893 - 1894), a Guerra de Canudos (1896 - 1897), a Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945) e atuação em operações de paz, como por exemplo, na Missão de Paz das Nações Unidas em Angola, entre 1995 e 1997, e a Missão de Paz das Nações Unidas no Haiti entre 2004 e 2017. Participou, também, em missões de pacificação no Complexo do Alemão em 2010; no Complexo da Maré em 2014; e, na Intervenção Federal no Estado do Rio de Janeiro; em 2019, atuou no resgate das vítimas do desabamento de prédios da comunidade da Muzema na cidade do Rio de Janeiro e cooperou com o Estado do Espírito Santo com uma ponte LSB na cidade de Guaçuí.

O Batalhão está aquartelado no antigo Palácio Real e Imperial de Santa Cruz, espaço histórico e cultural disponível à visitação pública. O prédio foi a antiga residência de padres jesuítas e também serviu como um dos palácios da Família Real Portuguesa e Brasileira.

 

Saiba mais:

Dia da Arma de Engenharia

 

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