Animais da fauna amazônica retornam ao habitat natural

Preservação do meio ambiente

Publicado em 01/02/2024 15h00 | Atualizada em 02/02/2024 09h02

Aluno Thiago e Sd Paz

Manaus (AM) – Em demonstração viva de compromisso com a sustentabilidade, o Exército reintroduziu na floresta amazônica centenas de tartarugas, cágados e jabutis resgatados por órgãos ambientais e os seus filhotes nascidos no Zoológico do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS). 

Entre os animais devolvidos ao habitat natural encontram-se diversas espécies nativas, como a imponente Tartaruga da Amazônia (Podocnemis expansa) e o Tracajá (Podocnemis unifilis), bem como a Iaçá ou Pitiú (Podocnemis sextuberculata) e a Irapuca (Podocnemis erythrocephala). Cerca de 70 tartarugas resgatadas por órgãos ambientais retornaram para a natureza. Esses animais foram abrigados pelo zoológico da instituição, onde puderam se recuperar de situações de maus tratos e, ainda, se multiplicar.

A ação também destaca o sucesso da reprodução em cativeiro dos cágados Tracajás, que resultou na desova de mais de 30 filhotes com aproximadamente 150 dias de vida, nascidos no Zoológico do Centro de Instrução de Guerra na Selva. Adicionalmente, 46 filhotes de jabutis, incluindo o Jabuti-piranga (Chelonoidis carbonaria) e o Jabuti-tinga (Chelonoidis denticulata), foram introduzidos na natureza, enriquecendo ainda mais a biodiversidade da região.

A soltura dos animais foi realizada na área de instrução do CIGS e reuniu o corpo técnico do Zoológico e seus estagiários. A atividade promoveu a interação entre militares, acadêmicos e membros da sociedade civil, com destaque para a colaboração entre o CIGS e futuros veterinários e biólogos em prol da preservação da biodiversidade.

O Zoológico do Centro de Instrução de Guerra na Selva dedica-se à educação ambiental, pesquisa, conservação e acolhimento. Suas instalações oferecem abrigo para espécies da fauna amazônica oriundas de órgãos ambientais e de criadouros autorizados.

O Exército e a proteção dos animais
A forte relação com os animais está nas fundações do Exército Brasileiro. Na Instituição, alguns bichos são mais do que amigos, são companheiros, integrantes da Força Terrestre e elementos fundamentais para a defesa do Brasil. A proximidade da Força com a fauna brasileira também está representada nos símbolos de várias tropas operacionais, representadas por animais emblemáticos da nossa fauna, como a onça, o jacaré, a águia e o carcará.

No Exército, a Força Equestre remonta aos primórdios da Arma de Cavalaria. Os cavalos integram o Exército até hoje e realizam uma série de missões, como atividades operacionais, cerimoniais e esportivas. Por sua vez, os caninos são empregados como Cães de Guerra, utilizados em atividades militares e considerados combatentes. Eles atuam em missões de patrulha, fiscalização e realizam saltos com a tropa paraquedista. Os cães chegam aos canis do Exército ainda filhotes e podem permanecer até oito anos em operação. Terminado o serviço no Exército, os cães podem permanecer na Instituição ou podem ser destinados para adoção pela sociedade ou mesmo pelo próprio adestrador.

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Fonte: Centro de Instrução de Guerra na Selva

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