Alta tecnologia e prontidão: DQBRN garante proteção às tropas na Amazônia durante a Operação Atlas

Operacionalidade

Publicado em 06/10/2025 14h30 | Atualizada em 09/10/2025 17h43

ST Sionir

  • Defesa QBRN (Química, Biológica, Radiológica e Nuclear) é utilizada na Operação Atlas, o maior exercício de 2025 na Amazônia, para proteger tropas e assegurar a continuidade das operações. 
     
  • O 1º Btl DQBRN detecta e descontamina locais e tropas, protegendo estruturas de suporte. O ambiente amazônico desafia o desempenho dos militares. 
     
  • A atuação na Amazônia prepara o Exército para a segurança da COP 30 em Belém, evento que demandará uma resposta especializada e complexa. 

Boa Vista (RR) – Em meio ao maior exercício conjunto das Forças Armadas em 2025, a Operação Atlas, uma capacidade estratégica do Exército Brasileiro se destaca pela sofisticação tecnológica e impacto direto na proteção da tropa: a Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (DQBRN). Com efetivos especializados e equipamentos de ponta, a DQBRN está sendo empregada na região amazônica, assegurando a continuidade das operações mesmo sob ameaça de agentes contaminantes.
 



Detecção de ameaças e resposta imediata

Durante a operação, o 1º Batalhão de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear (1º Btl DQBRN), sediado no Rio de Janeiro (RJ), atuará de maneira focada na defesa de estruturas que dão suporte às tropas no terreno, como declarou o Tenente-Coronel Bifano, Comandante do 1º Btl DQBRN. “Nossos militares se apoiam em eixos de progressão, portos fluviais e outras estruturas. Simulando uma situação de combate na qual o inimigo tenta negar acesso a essas áreas, a defesa QBRN verifica se existe contaminação desses locais, atuando para descontaminar os locais e as tropas que lá estão”.
 



Desafio ambiental na Amazônia exige preparo e adaptação

O ambiente amazônico representa um desafio em várias frentes para a DQBRN. “Além do terreno, a umidade e a temperatura da Amazônia aumentam a degradação da performance dos nossos combatentes, que utilizam roupas de proteção pesadas. Nossa missão é evitar ao máximo que as tropas se exponham ao risco, detectando previamente possíveis ataques e áreas contaminadas. Se a missão demandar que as tropas avancem nesses locais, temos que descontaminá-los o quanto antes, tendo esses cuidados com nossos militares”, destacou o Comandante do 1º Btl DQBRN.
 


Preparação estratégica para a COP 30

Além da prontidão para o exercício militar, a participação na Operação Atlas também prepara a tropa para um dos maiores compromissos institucionais do ano: a segurança da COP 30, em Belém (PA). O evento reunirá dezenas de Chefes de Estado e demandará atuação especializada em defesa QBRN, devido à complexidade do cenário e ao perfil das autoridades presentes.

A atividade na Amazônia serve também como campo de provas real para as missões da Força durante o evento internacional, consolidando a capacidade de pronta resposta do Exército Brasileiro em casos de necessidade dessa natureza.

Capilaridade nacional garante pronta resposta

A atuação não se limita ao 1º Btl DQBRN. O Exército dispõe ainda da Companhia DQBRN em Goiânia (GO) e de uma rede de Pelotões de Resposta Inicial distribuídos por todo o país. Essa estrutura foi ampliada com a criação do Comando de Defesa Química, Biológica, Radiológica e Nuclear, que fortalece a capilaridade dessa capacidade e permite pronta atuação em qualquer ponto do território nacional.

Na região amazônica, militares dos Comandos Militares da Amazônia e do Norte estão sendo formados como vetores locais de resposta, preparados para atuar de imediato em caso de necessidade, mesmo antes da chegada de recursos mais robustos.

Dissuasão e prontidão em foco

A atuação da DQBRN na Operação Atlas demonstra, na prática, o compromisso do Exército Brasileiro com a segurança das tropas e a prontidão operacional. Ao integrar tecnologia, preparo humano e ação coordenada em ambiente desafiador, o Exército reforça sua posição como força terrestre moderna, capaz de enfrentar ameaças complexas e preservar a capacidade de combate em qualquer cenário ante as ameaças do combate contemporâneo.
 

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Fonte: Centro de Comunicação Social do Exército

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