80 anos da morte do Sargento Max Wolf Filho, herói da 2ª Guerra

Força Expedicionária Brasileira

Publicado em 10/04/2025 20h00 | Atualizada em 11/04/2025 09h04

Exército Brasileiro

Brasília (DF) – O Sargento Max Wolf é um dos ícones da Força Expedicionária Brasileira (FEB) e atuou durante a campanha na Itália na 2ª Guerra Mundial, entre 1944 e 1945. Há 80 anos, em 12 de abril de 1945, tombou heroicamente no cumprimento da missão, ao ser atingido por disparos de metralhadoras alemãs, nas cercanias de Montese. O Sargento Wolf registrou seu nome na história, com um legado de coragem e determinação, servindo como exemplo perene para as gerações de militares que o sucederam.

Max Wolf Filho nasceu no dia 29 de julho de 1911, na cidade paranaense de Rio Negro. Descendente de imigrantes alemães, como tantos outros conterrâneos, alistou-se no Exército aos 18 anos, em Curitiba (PR), no então 15º Batalhão de Caçadores, cujas instalações atualmente são ocupadas pelo 20º Batalhão de Infantaria Blindado (20º BIB) . Essa unidade, inclusive, leva hoje a denominação histórica “Batalhão Sargento Max Wolf Filho”, justa homenagem a esse herói brasileiro.


Por mérito, ele galgou posições na hierarquia da Força. Ao ser deflagrada a 2ª Guerra Mundial, voluntariou-se para compôr a FEB. Já como terceiro-sargento, foi designado para a 1ª Companhia do 1º Batalhão do 11º Regimento de Infantaria, com sede em São João del-Rei (MG).


O destemor em combate, aliado ao trato paternal com seus comandados, logo fizeram do Sargento Wolf uma figura admirada por subordinados, superiores e até por integrantes do V Exército de Campanha Americano, ao qual a FEB estava incorporada. As qualidades militares de Max Wolf tornavam sua presença quase obrigatória nas ações de patrulha de sua companhia, razão pela qual tornou-se conhecido como “Rei dos Patrulheiros”.


Última patrulha


Uma dessas patrulhas foi, todavia, a sua derradeira missão. Max Wolf partiu com seus homens de Monteporte rumo ao ponto cotado 747, ação cujo objetivo era importante nos planos para a conquista de Montese. Ao se aproximarem de um casario, o líder da patrulha tomou a frente para alcançar uma elevação, quando foi atingido por duas rajadas seguidas de metralhadoras. Eram 13h15 daquele fatídico 12 de abril, dia da morte desse militar notável.

Homenagens

Max Wolf deixou a vida terrena e uma filha órfã, Hilda Della Nina, atualmente uma senhora com 88 anos de idade. Contudo, alcançou a eternidade no meio militar, tornando-se exemplo de soldado e espelho em termos de valores castrenses.

Por suas ações em combate, foi agraciado com quatro medalhas: de Campanha, Sangue do Brasil, Cruz de Combate – 1ª Classe e “Bronze Star”, esta última concedida pelos Estados Unidos.

Além do 20º BIB, a Escola de Sargentos das Armas, localizada em Três Corações, berço dos sargentos combatentes da Força, é outra organização militar que leva seu nome como denominação histórica, bem como uma série de logradouros públicos pelo País. Outra homenagem foi prestada pelo Exército, em 2010, ao instituir a “Medalha Sargento Max Wolf Filho”, uma das principais distinções concedidas às praças. Merecidas reverências a quem tão heroicamente representou o Exército e o Brasil.

Fonte: CCOMSEx

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