Dia da Família Militar

18 de setembro

Publicado em 16/09/2024 17h08 | Atualizada em 17/09/2024 15h39

Rosa Maria Paulina da Fonseca nasceu no dia 18 de setembro de 1802, em local que atualmente pertence ao município de Marechal Deodoro, em Alagoas. Em 1824, casou-se com Manoel Mendes da Fonseca, major do Exército Imperial, após superar os questionamentos da família do futuro marido por causa de suas origens de indígena e escrava.

Dona Rosa da Fonseca teve dez filhos, sendo duas mulheres: Emília e Amélia, e oito homens, os quais seguiram a carreira do pai. Seu filho Pedro Paulino, tenente reformado do Exército, foi o único que não participou da Guerra da Tríplice Aliança, pois permaneceu junto a Dona Rosa, para cuidar da mãe. Posteriormente, ele se tornaria governador de Alagoas e senador federal pelo estado. Dos filhos que lutaram na guerra, três faleceram: o Alferes Afonso Aurélio, com 21 anos de idade, durante a cruenta Batalha de Curuzu, em setembro de 1866; o Capitão de Infantaria Hyppólito, em 22 de setembro de 1866, por ocasião da sangrenta Batalha de Curupaity; e o Major de Infantaria Eduardo Emiliano, em 6 de dezembro de 1868, na célebre Batalha de Itororó.

Durante a Guerra da Tríplice Aliança, conta-se que, enquanto se comemorava a vitória de Itororó com grandes manifestações públicas no Rio de Janeiro, Dona Rosa da Fonseca recebia a notícia da morte de seu filho Eduardo e informações sobre seus filhos Hermes e Deodoro que estavam gravemente feridos. Contudo, teria afirmado: “Sei o que houve. Talvez até Deodoro esteja morto, mas hoje é dia de gala pela vitória; amanhã, chorarei a morte deles”. Conta-se, ainda, que ao receber o oficial que lhe apresentaria os pêsames em nome do Imperador, respondeu que a vitória que a Pátria alcançava, e que todos tinham ido defender, valia muito mais que a vida de seus filhos.

Entre os quatro filhos que retornaram vivos ao Brasil, após a Guerra da Tríplice Aliança, dois se destacaram no cenário nacional: o Marechal Deodoro da Fonseca, Proclamador da República e primeiro presidente do País, e o General de Brigada João Severiano da Fonseca que, em 1962, passou a ser o Patrono do Serviço de Saúde do Exército. Ressalta-se, também, que seu neto, o Marechal Hermes Rodrigues da Fonseca, foi presidente do Brasil, de 1910 a 1914.

Por sua dedicação à família, patriotismo e compreensão acerca das características da vida dos militares, o Exército Brasileiro instituiu Dona Rosa da Fonseca como Patrono da Família Militar. Por esse motivo, celebra-se em 18 de setembro, data de nascimento dessa notável mulher, o Dia da Família Militar.

“Matriarca exemplar”, Dona Rosa da Fonseca, também conhecida como a “Mãe dos Sete Macabeus”, evidenciou desprendimento, amor, renúncia e resignação, demonstrando valores éticos que servem de base para a Família Militar. O servir à Pátria exige dedicação e comprometimento dos militares, concorrendo, em muitas ocasiões, para que os referidos profissionais não estejam presentes junto ao seio familiar. Por tal razão, pais, mães e filhos encaram esse desafio, compreendendo que a nobre missão de defender o País supera qualquer obstáculo.

Parabéns aos integrantes da Família Militar! Que a figura insigne de Dona Rosa da Fonseca continue a inspirá-los, ratificando a importância do amor incondicional e do espírito de sacrifício em favor do Brasil!

Acesse o texto alusivo da Família Militar em formato PDF.

Fonte: Centro de Comunicação Social do Exército