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Aviação do Exército

A possibilidade do emprego de meios aéreos sempre foi um aspecto relevante para a nossa Força Terrestre.

Em 1867, durante a Guerra da Tríplice Aliança, o Exército Brasileiro, com a genialidade do Duque de Caxias, utilizou, de forma pioneira na América Latina, um balão cativo para observar as tropas inimigas.

Em 1908, atento ao emprego da artilharia e engenharia, a Força Terrestre inicia os trabalhos para o primeiro parque de aerostação militar do Brasil. O Ten Juventino da Fonseca, na vanguarda do emprego de balões, torna-se o primeiro aeronauta militar brasileiro.

Alguns anos depois, em 1915, novamente o Exército mostra sua audácia em combate. O Cap Ricardo Kirk realiza, na Campanha do Contestado, o primeiro voo de um avião em operações militares no Brasil, cumprindo a missão de observação na região do conflito.

Sempre atenta às evoluções doutrinárias, a Força Terrestre cria, por meio  do Decreto nº 13.451 de 29 de janeiro de 1919, o Serviço de Aviação Militar e sua primeira unidade, a Escola de Aviação Militar.

O período de 1919 a 1926, como Serviço de Aviação, foi fundamental para a consolidação dos meios aéreos da Força Terrestre: as primeiras turmas de pilotos aviadores, observadores e especialistas; as primeiras instalações no Campo dos Afonsos (RJ); os primeiros raides aéreos; os inéditos campos de aviação no Rio Grande do Sul (Santa Maria e Alegrete); e as primeiras aeronaves de instrução e combate.

A partir de 1927, o Serviço de Aviação passa por um grande processo de evolução e transforma-se na 5ª Arma do Exército, a Arma de Aviação. O novo período (1927 a 1941) foi repleto de  realizações, evoluções e momentos que ficaram marcados na história da aeronáutica militar brasileira: criação estratégica do Correio Aéreo Militar, gênese do Correio Aéreo Nacional; participação em combate na Revolução Constitucionalista de 1932; criação de novos regimentos e bases aéreas em todo o território nacional, com expansão das rotas aéreas para o interior do Brasil; aquisição de novas e modernas aeronaves; e apoio à construção aeronáutica no Brasil.

O Exército deixou de operar aeronaves no período de 1941 a 1986, mas continuou observando e analisando a evolução dos helicópteros nos conflitos a partir da 2ª Guerra Mundial.

Nos anos de 1984 e 1985, a Força Terrestre intensificou os estudos e criou comissões para a retomada do emprego de meios aéreos, desta vez com os olhos voltados para as asas rotativas.

Em 03 de setembro de 1986, através do Decreto nº 93.206, é criada a Aviação do Exército, um verdadeiro renascimento da “Aviação Militar”. Na mesma data, são criados o 1º Batalhão de Aviação do Exército e a Diretoria de Material de Aviação do Exército, atual Chefia de Material de Aviação do Exército.

Em janeiro de 1988, a Aviação inicia os trabalhos no “Forte Ricardo Kirk” em Taubaté (SP). Foi um projeto de construção e expansão sem precedentes: hangares, pátio de aeronaves, pista de pouso, torre de controle, vila militar e demais instalações necessárias.

Em 1989, é realizada a entrega do primeiro helicóptero da Aviação do Exército, o HA-1 de matrícula EB 1001, de uma frota de 16 (dezesseis) aparelhos modelo Helibras HB 350 L1 Esquilo, para missões de ataque e reconhecimento. Em novembro do mesmo ano, é criada a Brigada de Aviação do Exército e a Base de Aviação de Taubaté.

Em 1990, chegam os primeiros helicópteros de manobra, HM-1, de uma frota de 36 (trinta e seis aeronaves) modelo Aerospatiale AS 365K Pantera. No mesmo ano, a Operação Ajuricaba, verdadeiro raide das nossas asas rotativas, apresenta a nova Aviação do Exército para diversas unidades da Força Terrestre nas regiões Norte e Centro-Oeste.

Em 1991, a Aviação realiza um grande salto e passa a preparar os seus recursos humanos por meio da sua nova escola, o Centro de Instrução de Aviação do Exército.

Outro fato importante, na mesma época, foi a Patrulha Cruzeiro, batismo de fogo dos nossos rotores em apoio à Operação Traíra, na fronteira entre Brasil e Colômbia. Após essa missão, o Destacamento Aéreo permaneceu em Manaus, vindo a se transformar no 4º Esquadrão de Aviação do Exército, atual 4º Batalhão de Aviação do Exército.

Destaca-se também, em 1991, a criação do Batalhão Logístico de Aviação do Exército, que se transformaria, em 1993, no Batalhão de Manutenção e Suprimento de Aviação do Exército.

Em 1992, face à grande demanda de horas de voo, foram adquiridas 20 (vinte) aeronaves Eurocopter AS 550A2 Fennec, também designadas HA-1, complementando o esforço nas missões de ataque e reconhecimento e permitindo a demanda das aeronaves HA-1 Esquilo para a formação e treinamento de pilotos.

Em 1993, é criado o Comando de Aviação do Exército, substituindo a Brigada de Aviação do Exército. Dentro desse Grande Comando, no mesmo ano, é extinto o 1º Batalhão de Helicópteros e criado o 1º Grupo de Aviação do Exército com a seguinte composição: 1º Esquadrão de Aviação do Exército, com aeronaves de reconhecimento e ataque (HA-1), 2º e 3º Esquadrões de Aviação do Exército com aeronaves de manobra (HM-1). Em 1997, o 1º Grupo foi extinto, mantendo as estruturas dos Esquadrões que, em 2005, passaram a ser chamados de Batalhões de Aviação do Exército.

No período de 1997 a 1999, a Aviação do Exército é designada para operar o destacamento aéreo na missão de observadores militares Equador-Peru (MOMEP) e passa a utilizar 04 (quatro) aeronaves novas HM-2 Sikorsky Black Hawk. Foi uma grande missão, de cunho internacional, que resultou em vasta experiência e elevação operacional com o voo OVN (óculos de visão noturna).

Na virada da década de 1990 para 2000, as unidades aéreas, seguindo um mesmo padrão, passam a operar conforme a doutrina de emprego com aeronaves HM-1 e HA-1.

Em 2002, a Aviação do Exército passa a operar um novo modelo de aeronave com maior capacidade. Designados como HM-3, foram recebidos 08 (oito) modelos Eurocopter AS532UE Cougar.

Em 2009, o 3º Batalhão de Aviação do Exército iniciou a sua transferência para Campo Grande (MS).

Em 2011, tem início o recebimento das 15 (quinze) aeronaves Airbus Helicopter H225M Jaguar. Atualmente, é o maior e mais moderno helicóptero em serviço nas Asas da Força Terrestre.

Na década de 2010, a Aviação do Exército iniciou o processo de modernização das suas aeronaves HM-1 Pantera e HA-1 Esquilo/Fennec. Atualmente, esses helicópteros são chamados, respectivamente de: HM-1A AS365K2 Pantera K2 e HA-1A AS550A2 Fennec AvEx.

A partir de 2015, o Setor Sul do Forte Ricardo Kirk passa a se destacar como uma verdadeira ilha de modernidade, com as atuais instalações do Batalhão de Manutenção e Suprimento de Aviação do Exército, o novo hangar do Centro de Instrução de Aviação do Exército, os prédios da Divisão de Simulação e o pavilhão do Curso de Formação e Graduação de Sargentos (CFGS).

Em 2017, a Aviação do Exército é incluída no Programa Estratégico do Exército Brasileiro, com sete projetos ao todo.

Atento às necessidades do lado oriental da Amazônia, o Exército Brasileiro resolveu ativar o Destacamento de Aviação do Exército no Comando Militar do Norte, a contar de 2022.

Com a evolução dos sistemas das aeronaves, o Exército incluiu mais um importante meio em seus Sistemas e Meios de Emprego Militar (SMEM): o SARP (Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas). Hoje, o Nauru 1000C, de categoria 2, está inserido no desenvolvimento da doutrina de emprego das Asas da Força Terrestre e faz parte da recém criada Esquadrilha SARP do 1° BAvEx.

Visando manter a operacionalidade e desenvolvimento do vetor aéreo, a Aviação do Exército inicia um novo ciclo de modernização dos seus meios com a aquisição de 12 (doze) novas aeronaves Black Hawk.

Sempre presente em todo o território nacional, proporcionando aeromobilidade para a Força Terrestre, nossos rotores destacam-se no cumprimento de missões de resgate, misericórdia, apoios a calamidades públicas e diversos tipos de transporte: pessoas, feridos, cargas, mantimentos, água, roupas e itens básicos para a sobrevivência humana.

AVIAÇÃO! BRASIL!
ASAS DA FORÇA TERRESTRE